Robôs para treinar médicos choram, sangram, urinam e até dão à luz
A onda de robôs realistas chegou à sala de aula de futuros médicos e profissionais de saúde.
Se antes o treinamento de novos procedimentos era feito exclusivamente em manequins que não reagiam, as macas de estudantes já estão recebendo máquinas que não só tem a aparência de seres humanos, mas tentam também se comportar como um na hora do sofrimento: elas choram, sangram, urinam e até gemem ao dar à luz.
Atuando na área de simuladores para a área médica desde 1940, a Gaumard Scientific criou uma família desses robôs.
Hal é uma criança-robô usado para médicos aprenderem como tratar crianças. Para se familiarizarem com o que devem fazer em partos há Victoria, uma mulher-robô que dá à luz a um bebê-robô. O caçula é Super Tory, um robô recém-nascido que pode ser usado, por exemplo, para que enfermeiras consigam identificar enfermidades em crianças reais.
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Ainda que úteis, eles não são nada baratos. Hal, por exemplo, custa US$ 48 mil. Mas eles se esforçam para valer o preço. A capacidade de reagir igualzinho a gente de carne e osso não se resume à pupila de Hal se dilatar quando um flash de luz ilumina seus olhos.
Esses robôs tremem quando "sofrem" uma convulsão. Podem ter ataques anafiláticos. E até reagem a desfibriladores. Há dentro deles sistemas pneumáticos para simular a respiração, com direito a expiração de CO2. Os mecanismos internos deles criam ainda algo como uma pressão sanguínea, para que os alunos não se esqueçam de monitorar os sinais vitais do paciente. Ainda que ele seja uma máquina (aparentemente) sem vida.
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Os robôs podem ainda modificar suas expressões faciais para demonstrar medo ou raiva, dependendo do tipo de intervenção médica pela qual estão passando. Como qualquer criança de 5 anos, Hal pede pela mãe e até impede que toquem nele. Tudo para que médicos e enfermeiras se acostumem a lidar com um paciente arredio.
Segundo a Gaumard, uma das preocupações foi não caprichar tanto para que os robôs ficassem realistas demais e acabassem estressando demais os alunos quando a situação se complicasse muito.
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