Topo

Histórico

Roblog

Sucesso no Japão: você compraria este cachorro-robô fofinho por R$ 12 mil?

Gabriel Francisco Ribeiro

25/08/2018 04h00

Uma moda no Japão está prestes a invadir o Ocidente. A Sony anunciou nesta semana que o fofinho Aibo, um cachorro-robô da companhia, começará a ser vendido nos Estados Unidos. O preço, entretanto, não será nada barato: custará US$ 2.900 (na cotação atual, algo em torno de R$ 12,5 mil).

Será que vale o investimento? Bom, antes de tudo é bom conhecer um pouco a história do Aibo e o que ele faz. E já de cara te dizemos uma coisa: essa fofura não é exatamente uma novidade.

O cachorro-robô da Sony entra, na verdade, na linha de objetos retrôs lançados novamente por companhias de tecnologia. A versão original dele, muitos podem lembrar, remete ao fim da década de 90.

A primeira geração do cachorro começou a ser vendida em 1999, com preços que variavam entre US$ 600 e US$ 2 mil. Em sete anos, mais de 150 mil Aibos foram vendidos pela companhia até o produto ser retirados das prateleiras em 2006.

A primeira versão do Aibo surgiu em 1999 (Crédito: Divulgação)

Foi então que a Sony, em janeiro deste ano, passou a vender uma nova versão do cachorro-robô no Japão. E os números de vendas iniciais já são bem animadores, apesar do alto valor pedido pelo "animal": mais de 20 mil já foram vendidos desde então no país asiático.

Uma versão muito melhorada

Entrando em sua sexta geração, o novo cachorro-robô da Sony, por sinal, não é tão modesto quanto o lançado há quase duas décadas. O novo Aibo vem com tecnologias que acompanham os nossos tempos, permitindo uma experiência cada vez mais próxima de um consumidor com um cachorro real.

A fofura da Sony é um robôzinho que leva câmeras sofisticadas e sensores que são capazes de mapear a casa do usuário que comprou o cachorro. O robô pode se mover tranquilamente pela residência e ir sozinho para a sua estação de recarregamento – como um cachorro indo para a sua caminha dormir.

A nova versão é ainda capaz de reconhecer mais de 100 rostos e lembrar interações com pessoas, também indo atrás de seus donos sozinho. Isso permite que a inteligência artificial embutida na máquina desenvolva uma personalidade única que muda de acordo com o tempo. O aparelho é capaz de lembrar quais ações fazem o seu dono feliz para criar um laço com os habitantes da casa.

Aibo promete conquistar as pessoas com fofura (Crédito: Divulgação)

O cachorro-robô autônomo ainda se conecta à nuvem para guardar as informações registradas. Segundo a Sony, cada Aibo é único – ele desenvolve seu comportamento de personalidade e conhecimento com o tempo dependendo de como é o relacionamento com o dono. O cachorro-robô consegue aprender novos truques pelas interações do dono.

Se você acha que não vai precisar agradar o cachorro, está enganado: o robô pode detectar palavras de agrado e sorrir, assim como reagir ao ser acariciado ou receber carinho na cabeça. Os sensores do Aibo contam com tecnologia de inteligência artificial que analisa som e imagem. A linguagem de corpo dele envolve toda uma combinação de olho, orelha e movimentos de rabo.

O "rosto" dele é composto de dois displays OLED que são utilizados para os olhos dele, dando também uma aparência que o "animal" pisca e fecha o olho.

Um cachorro real ou um robô?

A experiência, que a Sony promete ser única, é clara: que as pessoas busquem o amor de um cachorro em um robô. Pelas tecnologias que a Sony alega ter, é provável que a experiência realmente seja semelhante a ter um animal real.

Em termos de preço também não há grande diferença. Se você se assustou com os R$ 12,5 mil pedidos, pergunte para qualquer dono de cachorro quanto  ele gasta por mês com seu pet. É veterinário, banho, tosa, ração e uma outra infinidade de produtos que ao longo dos anos acaba batendo esse valor.

Embora seja interessante a ideia de ter um cachorro que não faça sujeira, alguém aí estaria disposto a trocar o amor e a fofura passada por um cachorrinho real com você? Difícil, né…

Sobre o Blog

O Roblog é a casa dos robôs mais fofos, descolados e curiosos desse mundão doido. É produzido pela equipe do UOL Tecnologia.