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Testamos o café do robô-barista, e ele não decepcionou... pelo contrário

Fabiana Uchinaka

28/07/2018 04h00


Quem é apaixonado por café, como eu, sabe a diferença que faz saber preparar esta iguaria. Então, quando descobri que havia um robô tomando o lugar do barista num café de São Francisco (EUA), fiz questão de conferir se o trabalho dele ameaçava o dos meros humanos.

O quiosque do Cafe X fica no Metreon, centro comercial ao lado do Parque Yerba Buena, no centro da cidade. Logo na entrada do shopping, você já dá de cara com o braço robótico, o primeiro robô-barista dos EUA.

Não há nenhum funcionário por ali —se bem que quando eu comecei a filmar, um "responsável" apareceu para tirar minhas dúvidas. Mas, de resto, o processo de comprar e fazer o café é totalmente automatizado.

 

Henry Hu, criador e CEO do Cafe X, contou em entrevista ao TechCrunch que essa ideia revolucionária veio enquanto ele esperava na fila do atendimento das outras cafeterias.

Então aqui temos um café fresco e realmente muito bom, tirado em poucos segundos

Realmente, fila não tinha, embora houvesse meia dúzia de clientes ao redor da máquina. E, sim, tudo acontece muito rapidamente, porque ele também é capaz de fazer várias bebidas ao mesmo tempo.

Você pode comprar de duas maneiras: pelo totem de atendimento ao lado do quiosque ou pelo app do celular. Basta selecionar a bebida, passar o cartão de crédito e esperar pelo código que vem pelo celular.

Dentro do quiosque, o robô-barista faz tudo: pega o copo, tritura o grão, passa o café, põe leite, açúcar e os extras que você pedir.

Quando fica pronto, o copo desce por uma plataforma até a portinha, e você precisa inserir o código para conseguir retirá-lo.

É tudo muito eficientes, mas não é só isso. Os donos se preocuparam em oferecer um produto de alta qualidade e, para isso, fizeram parceiras com produtores locais, que fornecem, por exemplo, leite sem anti-bióticos tirado de "vacas felizes", leite de aveia sueca e grãos de café especiais.

Além disso, as receitas registradas no "cérebro" do robô-barista são inseridas pelos próprios produtores, o que garante que a bebida saia exatamente como eles acham que ela deve ser servida.

Conclusão: a bebida é muito equilibrada e saborosa. A espuma do meu Caffé Mocha, feito com precisos 18 a 19 gramas de grãos equatorianos, realmente era "ultrafina" e beirava a perfeição.

Um senhor que me viu saindo com meu copinho, exclamou: "Quer dizer que agora é um robô que faz nosso café?"

Quer dizer.

Dado que o preço, em média US$ 3, é mais barato do que nas cafeterias mais conhecidas, tudo indica que logo, logo seu nome vai deixar de ser gritado quando seu café estiver pronto…

 

Sobre o Blog

O Roblog é a casa dos robôs mais fofos, descolados e curiosos desse mundão doido. É produzido pela equipe do UOL Tecnologia.